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Perdiz

Rhynchotus rufescens

A perdiz é uma ave tinamiforme da família Tinamidae. Também conhecida como perdigão (Rio Grande do Sul), perdiz do cerrado, perdiz brasileira, perdiz nativa, napopé, nambu-apé e inhambupé (Nordeste) e perdiz-do-faxinal.

Vive nos campos sujos, cerrados, buritizais e caatingas. A perdiz é mestre em camuflagem. Quando ameaçada pela aproximação de um inimigo, confunde-se com os capins, abaixando-se logo que pressente o perigo. Se o estranho se aproxima mais ainda de seu esconderijo, salta subitamente em voo rápido e barulhento, sumindo lá adiante na vegetação campestre. Tem capacidade ainda de se fingir de morta, como último recurso.

Alimenta-se buscando o alimento ciscando o solo com suas fortes pernas e utiliza o bico forte para cavar a terra e coletar o alimento que encontra. Sua alimentação consiste principalmente de cupins, gafanhotos e outros insetos, além de sementes, raízes e tubérculos e, ocasionalmente, pequenos roedores. Seus filhotes têm alta necessidade de proteína, que acelera seu crescimento, sendo capazes de buscar seu próprio alimento assim que nascem.

O nome Perdiz tem origem na mitologia grega. Chamado de Perdiz (ou Talo em algumas versões) um jovem mortal nascido na cidade de Atenas. Sua mãe era uma ateniense que também chamava-se Perdiz, irmã do grande inventor Dédalo. Dédalo era um famoso inventor e arquiteto que dominava inúmeras artes. Por conta disso, sua irmã enviou-lhe o filho para que aprendesse os ofícios do tio. Perdiz tornou-se pupilo do inventor, o qual lhe ensinava tudo de bom grado. Perdiz quase supera seu mestre, talentoso e aplicado, o sobrinho rapidamente mostrou-se um excelente aprendiz. O rapaz observava e ouvia atento aos ensinamentos do tio, sonhando que um dia poderia criar tantas coisas maravilhosas como o seu mentor.

Dédalo tinha muitos talentos que lhe renderam fama e um ego inflado. Ao ver as invenções do pupilo não pôde deixar de sentir inveja e receio de ser superado. Então, num dia qualquer, levou Perdiz para o alto de uma torre na acrópole e, chegando lá, empurrou o pobre rapaz para a morte. Contudo, a deusa Atena viu o crime e antes que o jovem atingisse o solo transformou-o em um pássaro, uma perdiz. Uma ave que não voa alto e faz seus ninhos no solo, recordando-se com medo da queda que sofrera.

  • Porte: Pequeno - médio
  • Peso: 700-1040 g
  • Comprimento: 38 a 42 cm
  • Longevidade: Cerca de 17 anos