Fatos interessantes
- Maior felino das Américas e possui a mordida mais forte dentre todos os felinos, equivalente a 270 kg. Sua força é suficiente para perfurar tanto o couro de um jacaré quanto o casco de uma tartaruga.
- Fazem parte do grupo dos grandes felinos, que incluem também leões, tigres, leopardos e leopardo-das-neves.
- O melanismo em onças-pintadas é causado por uma mutação genética que aumenta a produção de melanina, dando à pelagem uma cor negra. As manchas características ainda estão presentes, mas ficam disfarçadas pelo tom escuro. Essas onças, popularmente conhecidas como panteras-negras, são mais comuns em florestas.
- O osso hioide da onça-pintada, localizado na região da garganta, não é totalmente ossificado, permitindo que este animais emitam sons mais graves, dando a capacidade de rugir. Nas onças esse som também é conhecido como esturro.
- Embora extinta em várias regiões, o Brasil abriga cerca de 50% das onças restantes, com a Amazônia e o Pantanal servindo como principais refúgios. No entanto, na Mata Atlântica e a Caatinga enfrentam grave risco de extinção. As principais ameaças à elas são a fragmentação de habitats e a perda de floresta devido ao desmatamento para agropecuária e expansão urbana, além da caça esportiva e a perseguição por pecuaristas.
- As maiores onças-pintadas vivem no Pantanal brasileiro, onde os machos podem pesar mais de 100 kg e as fêmeas, 76 kg. Já as menores estão em Honduras, com machos pesando 57 kg e fêmeas 42 kg.
Características físicas
A onça-pintada possui uma coloração amarelo-dourada com pintas na cabeça, patas e pescoço, e manchas chamadas de rosetas no restante do corpo, criando uma camuflagem na mata. Cada onça tem um padrão único de rosetas, funcionando como uma “impressão digital”. Geralmente confundida com os leopardos africanos, a onça-pintada se distingue, entre outras características, por seu maior porte e pelos pontos no centro das rosetas. Os machos são geralmente 10 a 20% maiores do que as fêmeas.
Habitat e alimentação
São encontradas do México ao norte da Argentina, adaptando-se a diversos ecossistemas, mas preferem áreas úmidas com corpos d’água. No Brasil, estão presentes em quase todos os biomas, exceto nos Pampas, onde foram extintas. Sua dieta é estritamente carnívora e podem se alimentar de mais de 80 espécies diferentes. Elas preferem presas de médio e grande porte, como veados e jacarés, mas também caçam animais menores, como tatus e peixes. São adaptadas a caçar tanto na terra quanto na água e em árvores.
Comportamento social
Possuem hábitos predominantemente crepusculares e noturnos, mas é comum encontrá-los deslocando-se e caçando durante o dia. Como animais territoriais, demarcam seu território com urina, excrementos e marcas de garras nas árvores. Vivem solitários e são encontrados com outros indivíduos da mesma espécie apenas para reprodução, que pode ocorrer durante o ano todo. O período de gestação varia de 93 a 105 dias, resultando em uma a quatro crias, geralmente duas. Os filhotes permanecem com a mãe até cerca de 2 anos, período em que aprendem a caçar, se defender e interagir com o meio. Algumas fêmeas se estabelecem perto da área de vida da mãe, onde são mais facilmente toleradas, enquanto os machos geralmente se dispersam para novas áreas longe do local de nascimento.